Eram papéis espalhados por todos os cantos. A lixeira estava cheia e o braço doía de tanto escrever. Ali se encontravam as letras das musicas, os diálogos ensaiados, poesias rabiscadas, textos mal feitos e histórias sem final. O vento espalhava o pó por cima dos rascunhos, as poucas gotas de chuva que escapavam pela janela borravam a tinta dos sentimentos passados ensaiados a caneta. Sujos, amassados e quase esquecidos, eram só uma porção de lixo jogada pelo chão e assim como os textos escritos, não tinha importância nenhuma pois ao anoitecer voltariam para dentro da gaveta.“