musica

domingo, 25 de setembro de 2011

Escrever-te. Devanear. Fugir. Recomeçar. E volto, com as mesmas palavras clichês; com o mesmo peito transbordando amor. Preciso do teu sorriso perto. Volto e peço que fique. Que deixe nossos perfumes se misturarem. Peço que deite comigo em uma cama de lençóis brancos - como sei que tu gostas - e me aqueça mesmo quando eu estiver quente demais. Já lhe contei que as rosas são feias e murchas quando tu não estás aqui? Contei-lhe que odeio fazer café por que sei que ele sempre esfriará na xícara bege claro que tu me destes? Por que? Ah amor, ainda que lhe despeje todo o açúcar do potinho, ele ainda estará amargo demais. Teu rosto sereno é tão nítido em minha mente. O jeito que tu entrelaçavas nossos dedos; minha mão sempre pequena demais perto da tua. […]Terminei de ler aquele nosso livro hoje; lembrei de quando tu me contavas a história antes de dormirmos. Como se eu fosse uma pequenina que ouvia histórias do pai pra poder pegar no sono. Senti náuseas por lembrar o cheiro amadeirado que tua pele tem e o doce que teus lábios me sopravam quando tu beijava a ponta do meu nariz. Vertigem. Por saber que não poderia sentir estes cheiros - maravilhosos - de novo. É loucura sonhar todas as noites - e dias - com o teu toque. Teus dedos percorrendo as curvas do meu corpo. Especialmente o contorno do meus lábios, me fazendo sorrir e rir. Nosso filme sempre passa na TV e eu me obrigo a assisti-lo. “Masoquista” você deve estar pensando. Talvez eu seja. A dor me faz sentir-te mais perto, pois foi a última lembrança que me deixastes. A tua partida. A dor.

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